segunda-feira, 28 de março de 2011

Do erro ao sofrimento

Ah, o sofrimento! A dor e o tormento!
Por que meu deus, sofro tanto desse jeito?
Ora, é pelo erro que assim sou feito
Não é o certo que me dói
Tampouco é aquilo que me corrói
Num impensado ato de desespero
Enfrento aquele momento derradeiro
Do fogo que forja a mente e a alma
Que é preciso coragem e humildade
Reconhecer que a ferida aberta em quem se ama
Foi feita pela minha mão, tão insensata
Assim no peito meu a dor se instaura
A mágoa de quem tanto me amou
Pelo meu erro o sofrimento causou.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Reencontro

Era uma vez... outra vez encontro comigo, Ego.
Encaro-me e lanço o desafio: Decifro-me ou serei devorado!
Dizem que fazer a mesma coisa pela segunda vez é mais fácil que da primeira, mas quando é que fazemos algo que não é inédito? Olho o espelho e vejo um reflexo de alguém que deveria ser Eu, Ego. Mas Ego não sou, Eu Sou!
Mais uma vez lanço o desafio, caio em velhas armadilhas, enfrento antigos demônios. Ao acaso mudei? Mudaria outra vez? Se não mudo, afinal, por que tentar?
Enfrento Ego sempre que for necessário, desfaço Ego quantas vezes for necessário. Ego não é Rei, Ego não É! Eu Sou!
Eu Sou encontra Ego mais uma vez, batalha perdida? Talvez, mas para quem?
Ego.

Faze o que tu queres...

93!

Assim está escrito, qualquer bom leitor e entendedor sabe disso. Mas ler e entender são coisas completamente diferentes. Se sei ler, sei entender o que está escrito? Não necessariamente! A Lei é, por muitas vezes, mal interpretada.
Tenho que fazer aquilo que satisfaça minha vontade, mas A Verdadeira Vontade não é desejo. Caso fosse não seria racional, já que paixão é o demônio que escraviza O Ser.
Faço o que quero, mas, quem faz tudo o que quer é escravo de seus próprios desejos, não é livre, não é Rei/Rainha. Sou Astro quando cumpro em Fazer minha Verdadeira Vontade, agindo com a responsabilidade de Senhor de meus atos. Assumir a responsabilidade, tomar para Si o peso da Coroa, mestre de todas as ações, conhecedor dos resultados, regente de minha própria Vida.

Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei. Amor é a lei, amor sob vontade.
Para aquele que souber o que esta frase significa...
93, 93/93

Fr.'.E.'.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Testemunho de Fé

Estaria certo sobre tudo aquilo que é? O que é?
Assim penso sobre o ser, seja o que for, seja aquilo que é!
Agora faço um testemunho de fé.
Conheça a si mesmo e conhecerás teu deus!
Não há deus onde Eu Sou!
Contraditório, não, nem um pouco. Que outro deus haveria de existir senão o deus em mim?

Muitos pensam que isto é negar deus, que é um pensamento satânico. Nada mais errôneo.
Primeiro, em meu coração conheço deus intimamente, sei muito bem “onde ele está”. Deus está em mim e eu nele.
Em meu coração sei quem ele é, deus é tudo, a distância entre dois objetos, como os próprios objetos. Sou eu, é você! Uma ofensa contra si mesmo é uma ofensa contra deus, pois deus é Uno.

Sabendo que sou deus, assim como deus é tudo, fica muito claro que amar ao próximo é amar a si mesmo, bem como é amar a deus. Amor, é a palavra chave da minha fé. Amor sob Vontade. Não é paixão, doença que cega os homens. Não é desejo, a falsa vontade que guia-nos por impulsos bestiais. É amor profundo, vontade absoluta.

Assim posso falar sobre o ser, pois Ser é eterno. Eu Sou, duas palavras que significam muita coisa, para mim, significa Tudo, significa deus, significa Amor. Isto nos falta diariamente, uma lástima, é a prisão da Alma Humana. Faltar amor em nossas vidas é faltar deus, é pecar contra si mesmo, e pecado é restrição, restringir-se é ser escravo de si mesmo.

Este é meu testemunho de fé, Ame-se, Ame teu próximo, através desse amor conhecerás a ti mesmo e conhecerás deus! Esse conhecer não é o conhecer da ciência, mas é um conhecer experienciando. Tenho fé em deus, porque tenho fé em mim e tenho fé na Humanidade do Homem e na Divindade do Ser.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mysterium

Quais são os sonhos que não trazem da Alma a Verdade?
Seriam sonhos apenas mentiras, ilusões?
O mistério da realidade, tão bela realidade, sensível realidade, se encerra nos sonhos?
Seria a realidade um sonho?
Sonho que sim...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Caminho



Ousado errante pensamento em que caminha o peregrino.
Faz-se insinuar por entremeio acertos arriscados.
Sabido é aquele que trilha o caminho pequenino.
Tolo segue a via de perigos e desterros.
Eis que faço a mim louco em meio a sãos.
Preso no chão por cruz e corrente.
Ora, faço de ti tal qual o bendito ladrão.
Penso errar, errante, o caminho do caminhante.
Penso pesar o cansar de tola ousadia da criação.
Estou aqui a te esperar, seguindo em frente.
Por linha reta entre espirais iguais um sifão.
Faço da floresta de treva e ignorância
Porta aberta para a luz do amor e da vontade.
Casamento perfeito entre o que é e o que seria.
No altar figura andrógena com cabeça de bode.
Grinalda de estrelas, vestes de reis
Assim termina o caminho do audaz peregrino.
Brindando com vinho e bradando seis, seis, seis!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

M.'.T.'.


Há tempos não precisava buscar respostas com esse velho amigo, tão conhecido e ignorado, ao mesmo tempo. Esse magnífico conselheiro que tanto nos dá, tão pouco nos pede, mas ainda assim maldizemos sua existência, como se fosse um inimigo da verdade, portador de pestilência.
Tudo o que fazemos é preciso fazer com a ajuda dele, sem ele estamos desamparados, viveríamos sem rumo, apesar de poucos conhecerem sua verdadeira natureza, é ele quem nos dá a sabedoria. Sei bem que parece que é de outro que falo, mas não é, este está presente, conosco, do início ao fim, e a cada recomeço. Somos formados, reformados e auto-formados por sua influência, sua participação em nossas vidas.
Olho no relógio e posso ver no vidro um reflexo de sua existência, incompleta, como um reflexo de meu próprio olho perscrutando sua essência. Mas não adianta o vidro do relógio não trará a resposta, sequer meus olhos podem vê-lo. Somente, tão somente podemos percebê-lo, mas nem mesmo com nossos sentidos objetivos.
Ainda assim te gosto muito, meu querido e fiel amigo, Tempo.